
Um problema agravante na sociedade atual é a exclusão social. Na verdade, essa, se estende desde muito tempo atrás. 13 de maio de 1888, ficou marcado como o dia da abolição da escravatura. Tendo em vista um panorama geral, essa pareceu ser uma atitude certa, e seria, se outras medidas também fossem tomadas. Mas, o que na verdade aconteceu, foi que a abolição, em minha opinião, foi o Marco de início da exclusão social. Que instrução tinha o negro recém libertado? Resposta: nenhuma. Por mais que fosse do desagrado deles, eles só tinham conhecimento de técnicas do campo. Não podiam disputar com as classes dominantes, que tinham instrução e iam estudar na Europa. Agora, há outro problema que sei que você não tem idéia, e se você tem ele em mente, está muito atento mesmo.
No Brasil ainda colônia, a sociedade era dita dualista, ruralista e patriarcal. Dualista, pois predominantemente, só se visavam duas classes. Os Senhores dos engenhos de cana, no sistema da plantation, e os escravos, os braços do Brasil na época. Ruralista, pois em sua maioria, como o nome já diz, se mantinha no campo. O estímulo a urbanização só ocorrera, com o boom da mineração, no século XVIII, com o Bandeirismo. E era também dita Patriarcal. O pai controlava toda a família, escolhia quem nascia, quem morria e quem casava. Esse é o ponto. Você acha que um pai, parte de uma sociedade primitiva, permitiria que sua filha se casasse com um qualquer? Não! Esse é um problema imperceptível na sociedade, mas que auxilia a exclusão de grande parte da população.
O ser humano, como já disse é muito ganancioso, e só pensa em dinheiro. Junto com o casamento, isso piora a situação. Já perceberam como funciona isso hoje? Rico casa com rico, classe média casa com classe média e pobre casa com pobre. A conta bancária é um agravante, óbvio, mas também não é só isso, não podemos culpar só a natureza.
Os círculos sociais que cada classe freqüenta é diferente. Você não vê o cara do morro, no Castelo do burguês que estudou na PUC e fez Ph.D. em Harvard. A sociedade condenaria, caso isso acontecesse. E condenaria o rico, claro. O pobre não tem culpa de estar lá, o rico sim, que permitiu; o pobre não pensa, o rico teve instrução, pode evitar um constrangimento por parte do pobre, mas na verdade quem se incomoda é o rico, de ter aquela "gente suja".
A sociedade devia dar mais atenção a isso e promover maiores oportunidades de boa formação ao povo brasileiro. Por mais que não goste das gigantes corporações que aqui se instalam, às vezes nem é preciso se preocupar, pois os estrangeiros, se vão. E sabe por quê? Porque não encontram mão-de-obra qualificada para suas empresas. Eles até poderiam trazer um quadro de funcionários super bem qualificado, mas o lucro não seria tão alto, suas filhas não poderiam ter um pônei, e seu filho um barco. A educação é a chave, sem ela, os motores, grandes motores, que poderiam levar o Brasil a outro patamar, ficam desligados, à espera.
Bem, acho que com essas singelas palavras dei o meu recado...